quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Acumulação Capitalista - Karl Marx

Segue esboço sobre Acumulação Capitalista de Karl Marx (tenho que apresentar hoje na facu)


ACUMULAÇÃO CAPITALISTA



Na manufatura, a acumulação primitiva não auto determina o capital, pois este não é independente, ou seja, depende da mão-de-obra para produzir os meios de produção.
Na grande indústria, a acumulação auto determina o Capital, pois este se torna independente da mão-de-obra. Agora é produção fabril de máquinas.

Marx estuda os movimentos de emprego da força de trabalho pelo conceito de composição orgânica do capital, isto é, pela relação do capital constante e o capital variável. Relação Meios de Produção X Volume de trabalho.
O regime Capitalista objetiva a máxima valorização do Capital... (Mais-valia Relativa/Produtividade do trabalho é crescente). A mesma quantidade de trabalho gera maior quantidade de meios de produção.

Marx diz que a produção do D’ (Produção do meios de produção) tende a crescer mais rapidamente que o valor da produção em D’’.

Citação da apostila: “A tendência a elevação da composição orgânica significa que a produção de meios de produção em valor, ou seja, o valor da produção do D’ da economia, tende a crescer mais rapidamente que o valor da produção em D’’ pois o C do numerador da expressão da composição orgânica do capital não é mais que a soma em valor da produção D’ e o V do denominador, a soma em valor do D’’ .

Marx supõe que o Capital se acumula em condições favoráveis ao trabalho, nesta hipótese o crescimento por demanda de trabalho seria proporcional à taxa de acumulação.
Marx continua supondo e diz: se houvesse crescente demanda por trabalho, progressivo esgotamento de oferta de trabalho. Surgi duas possibilidades: que a elevação dos salários não entrave a acumulação e, por outro, que a acumulação arrefeça, e se esse ultimo acontecesse os salários diminuiria ao nível de corresponder com as necessidades de exploração do capital. Assim, a magnitude da acumulação e variável independente e a magnitude dos salários, a variável dependente.  

PORÉM ESTAS CONDIÇÕES NÃO SÃO CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO, se assim fosse a acumulação tropeçaria em barreiras impostas pelo mercado de trabalho.

Na verdade, os capitalistas ao perseguirem a máxima valorização, revolucionam as técnicas para tornar cadê vez mais redundante o trabalho direto empregado na produção. Sendo assim, o volume de emprego cresce não de acordo com os incrementos do capital.
A acumulação de capital processa-se a taxa superiores às do incremento do emprego industrial.
O processo de acumulação liberta-se assim dos limites derivados da oferta de trabalho no mercado.
O próprio movimento de acumulação vai produzindo permanentemente uma superpopulação de acordo com as suas necessidades.
Como o trabalho que a indústria necessita não é mais trabalho qualificado, a oferta de trabalho é sempre garantida, mesmo nos momentos de auge do ciclo econômico.
A possível escassez de mão-de-obra é sempre por inovação tecnológica.

Os incrementos na produção constitui permanente redução T.T.S.N. Ou seja, o valor da força de trabalho é constantemente reduzido e incrementado a taxa de mais-valia.

Quando cresce a produtividade, cresce o barateamento do trabalho.

ACUMULAÇÃO –VEM DE- INOVAÇÃO TÉCNICA –QUE GERA- UM EXERCITO DE MÃO-DE-OBRA –E POR SUA VEZ- REDUZ O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO.

Mesmo quando se aumenta os salários reais, estão em proporção inferior aos aumentos de produtividade. Desta forma o trabalhador assalariado fica subordinado ao Capital.
Sobre isso Marx faz uma citação interessante: “... uma relação de subordinação absoluta, que o economista, dentro de casa, na metrópole, pode converter, mentindo descaradamente, em uma livre relação contratual entre comprador e vendedor, entre possuidores ‘ igualmente’ independentes de mercadoria trabalho”.

As inovações técnicas constituem um processo determinado pelo movimento de acumulação de capital em D’ e o departamento produtor de meios de consumo assume um papel secundário (D’’). Agora já não é o homem quem produz a máquina e sim a máquina que produz a máquina. Somente a partir desse momento, à acumulação toma um caráter especificamente capitalista.
O Mercado de meios de produção (D’) acumula e expande mais rapidamente que o mercado dos meios de consumo (D’’).
O crescimento dos meios de produção ultrapassa o dos artigos de consumo.
A existência de um setor produtor de meios de produção é, portanto, essencial para imprimir um caráter especificamente capitalista.

(SE TIVER PASSADO RAPIDO, POSSO VIR PARA APOSTÍLA)

A acumulação encontra limites fixados pela própria natureza do capital, alternando-se momentos expansão com momentos de depressão.

(Não sei se está certo) O capital industrial (D’) relega o capital comercial (D’’), pois para o D’ não mais depende da esfera do comercio D’’. E assim supera-se o capital produtivo ante o capital comercial.
Apesar da posição subordinada do comerciante há uma valorização do capital comercial devendo a alíquota de massa de mais-valia proporcional ao volume de seu capital. Nessas condições, a valorização do capital vai dispensar apoios externos, as práticas monopolistas típicas do período manufatureiro.

Ao serem geradas as condições as condições para o avanço do capitalismo, a usura manifesta-se como um entrava ao pleno desenvolvimento desse regime de produção e assim dá lugar ao surgimento do capital a juros e do sistema bancário.
A própria acumulação de capital, com sua imanente necessidade de credito, vai ser entrava por esses monopólios que resultam em taxas de juros incomparáveis com os interesses capitalistas. Assim o capital a juros fica subordinado ao capital comercial e industrial, e não inversamente.
Progressivamente vai sendo rompido o monopólios dos metais preciosos, os bancos rompem com o monopólio dos usurários, ao concentrar e lançar no mercado de dinheiro todas as reservas de dinheiro inativo”.

CAPITAL A JUROS E SISTEMA DE CREDITO – gera – GRANDE INDUSTRIA – gera – DOMINAÇÃO DO CAPITAL INDUSTRIAL – gera – CONDIÇÃO PARA PLENO DESENVOLVIMENTO DA CIRCULAÇÃO CREDITICIA.

O surgimento da Grande Industria é que garante a própria valorização do Capital a Juros e a plena estruturação do moderno sistema de crédito.
O Sistema Bancário é o produto mais artificioso que o regime de produção capitalista pode engendrar.
Os capitalistas individuais tem a disposição todo capital disponível, de forma que nem àquele que empresta e nem aquele que o emprega são seu proprietário nem seu produtor. Desse modo destrói o caráter privado do capital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário